sábado, 20 de novembro de 2010

Holanda - Amsterdã (Primeiro Dia)

A viagem de ônibus foi muito legal, cortamos toda a Bélgica, passando por famosas cidades como Antuérpia e vendo de perto a paisagem do interior do país. Foi quando sem nos darmos conta, já estávamos vendo placas e mais placas num idioma que não fazia sentido nenhum para nenhum de nós. Só percebemos que estávamos na Holanda quando tivemos que parar para alguns agentes da fronteira poderem subir no ônibus e conferir os passaportes dos passageiros. Deu tudo certo e seguimos viagem, chegando as 20 horas da noite em Amsterdã.



Chegamos na rodoviária e estávamos mais perdidos que tudo, sabíamos o endereço do hotel que ficaríamos mas não sabíamos o que fazer para chegar lá. A vantagem é que havia uma estação de trem anexada à rodoviária e fomos até o balcão de informações para pedir orientação. A atendente não era das mais simpáticas, mas descobrimos que tínhamos que pegar um trem para Zandan, região onde estava localizado nosso albergue, mal sabíamos nós que era muito mais longe do que pensávamos...

Compramos um bilhete pro trem e fomos para o local que o vendedor nos informou. O único problema é que a placa com os nomes e horários dos trens era mais confusa que tudo, só sabíamos que nosso trem sairia em 10 minutos na pista de número 8. Fomos para lá e após um tempinho parou um trem por lá, não sabíamos ao certo se era o nosso, mas ia na direção indicada e tinha chegado no tempo estimado pelo vendedor, não pensamos muito e já entramos nele. Mas foi no meio do caminho que descobrimos que aquilo era somente um metrô e não ia para o nosso destino. Descemos na estação central, pois de lá quem sabe poderíamos pegar um outro para o local do nosso hotel. O problema é que na Holanda o sistema de transporte não é tão bom quanto o de nossa bela Lyon. Achávamos que o bilhete que tínhamos comprado valia para tudo, mas ao tentar sair da catraca, a luzinha vermelha piscou e a porta não se abriu, tentamos de novo, mas mais uma vez sem sucesso. E foi aí que a coisa ficou engraçada..

A porta que o Henrique estava tinha se aberto pois uma mulher havia passado, e ele conseguiu passar a tempo antes de fechar, mas nós ainda estávamos presos lá atrás. Quando olhamos novamente para o Henrique, vimos um segurança do local ao lado dele com uma cara não muito amigável, já ficamos gelados imaginando o que teria acontecido, e poucos segundos depois, vimos mais 2 seguranças vindo na nossa direção...Eles já vieram acusando que a gente tava tentando aprontar e fraudar a catraca, mas a vantagem da Holanda é que todo mundo naquele país percebeu que a língua que eles falam só eles entendem, então praticamente todo holandês fala inglês fluentemente. Expliquei para ele que havíamos comprado o bilhete na estação anterior e que queríamos chegar em Zandam. Ele me falou que aquilo que havíamos comprado era um bilhete de trem e que não valia ali, e já queria fazer a gente gastar mais dinheiro comprando o bilhete do metrô. Nisso o segurança que havia abordado o Henrique chegou com ele perto da gente. Eu falei que não ia comprar,  que se ele quisesse eu voltaria para a estação que havia pego o metrô e pegaria de lá o trem. Os seguranças que estavam com a gente ficaram com uma cara meio feia, mas o outro foi mais tranqüilo e falou que não tinha problema. Agradeci a ele e pedi desculpas pelo incoveniente, e ele ainda falou que não tínhamos que nos preocupar pois não sabíamos como funcionava e não tínhamos culpa nenhuma.

E lá fomos nós, pegando o metrô de volta de onde havíamos chegado. Ao chegar lá fomos novamente para a pista do trem, mas dessa vez perguntei para uma senhora que estava por lá esperando qual era o trem que devia pegar, ela foi super gentil e falou que nos avisaria quando ele chegasse. Não esperamos muito e ela nos indicou o trem certo, dessa vez entramos e sabíamos que estávamos indo para o lugar certo. Sentamos mais tranqüilos imaginando que em pouco tempo estaríamos no nosso hotel, leigo engano...

O trem andava e não chegava nunca na nossa estação. Ficamos preocupados, mas estávamos indo para o lugar certo de acordo com o mapa. Andamos mais um pouco e finalmente ouvimos a chamada para quem fosse descer em Zandam. Descemos e a estação estava praticamente deserta. Eu achei que ao chegar em Amsterdã veria movimento pra tudo que é lado, mas ao olharmos em volta a cidade estava morta, tava muito estranho aquilo tudo. Olhamos as placas e vimos algumas que indicavam “Centrum”, fomos andando nessa direção esperando que achássemos alguma coisa. Nós estávamos completamente perdidos, estávamos em Zandam mas não tínhamos idéia de como chegar na rua do hotel. E pra piorar a situação não tinha nada aberto pra podermos perguntar. Nós estávamos em algum lugar muito longe de tudo hehe. Andamos um pouco e finalmente achamos um restaurante aberto, entrei para pedir ajuda e pelo menos a atendente la foi gente boa, ela falou que não sabia, mas foi chamar um amigo dela para nos ajudar. Mostrei a rua que queríamos ir, mas ele não pareceu saber onde ficava, falei que queríamos ir para o hotel Formule 1 e foi aí que ele se lembrou. Já criei esperança pois pelo menos agora teríamos uma noção de para onde ir. Mas minha alegria durou pouco com o que ele falou: “Vocês estão de carro aí né?”. Vocês tinham que ver a cara dele de pena quando a gente falou que não..

Falei que estávamos fazendo mochilão e que não teria problema ir andando, ele nos explicou mais ou menos o que fazer e disse que iria demorar uns 30 minutos ou mais andando. Depois falou que era do Suriname e também já havia feito um mochilao, sabia bem como era. Agradecemos e fomos andando seguindo a orientação dele, tinha mais ou menos uma idéia do que fazer, mas ainda estava sem confiança de para onde tinha que ir. Já eram quase 22 horas e não havíamos achado nosso hotel, e pior, o Luiz chegaria as 22:15 na estação central e ficamos de ir buscá-lo lá, apesar de ninguém estar conseguindo falar com ele..

Andamos um pouco e foi quando avistamos um casal vindo de bicicleta vindo no sentido contrario a gente, ativei o modo cara de pau e pedi ajuda para eles. Eles pararam e após eu falar que queria chegar no hotel, eles disseram que sabiam como chegar e ouvi de novo a mesma pergunta, “Vocês estão a pé?”..Rimos e falamos que sim hehe, eles nos explicaram de novo e pelo menos havíamos andado na direção certa, com a ajuda deles ficou mais fácil identificar onde estávamos e quais seriam os próximos pontos estratégicos para seguir,era só andar e na segunda ponte virar a esquerda. A partir daí era uma reta bem grande beirando uma estrada e andamos mais um tanto...

A primeira ponte chegou e continuamos andando, pensando que as coisas estavam começando a melhorar, andamos mais um pouco e chegamos em um viaduto, achamos estanho pois eles não haviam falado nada de viaduto, então continuamos andando, andando...e andando até chegar finalmente no fim da pista! E o fim da pista ficava na margem de um rio enorme, de onde do outro lado podíamos avistar algumas usinas e enormes fábricas, não havia nenhuma ponte, só um lugar para os carros entrarem e esperarem uma espécie de balsa que os levaria para o outro lado. Sentamos um pouco pois não sabíamos mais para onde ir. Avistamos então uma pista que ia beirando a margem do rio, continuação da pista que estávamos, nem iluminada era ela, mas era o único lugar possível para ir. Criamos coragem e fomos por ela,beirando o rio e sentindo que estávamos voltando de onde tínhamos vindo. Mais a frente vimos um carro vindo por essa pista e entrando em uma espécie de fábrica, fui até la para falar com o segurança e pedir alguma informação, ele disse que não sabia mas iria perguntar para uma outra pessoa, foi aí que do nada veio uma senhora falando que sabia, gesticulando e falando com toda a certeza do mundo, o único problema...ela não falava inglês e jurava que a gente estava entendendo o holandês dela. O Outro cara percebeu e após rir um pouco traduziu pra gente, falou que era só seguir a pista em que estávamos e que chegaríamos em uma ponte (essa ponte custou a ser achada) , deveríamos atravessá-la e avistaríamos o hotel do outro lado dela

Continuamos andando, e graças a Deus, avistamos a tal ponte. Andamos até chegar nela e foi aí que nos demos conta...o viaduto pelo qual passamos, era a prolongação da ponte, mas como não havia água, achamos que não tinhamos chegado nela ainda da outra vez. Atravessamos a ponte enfim e após andar mais um pouco, chegamos no nosso esperado hotel! Porém...ainda teríamos que buscar o Luiz. Conversando com o recepcionista nós finalmente entendemos onde estávamos. Zandam era um outro distrito, um setor totalmente afastado do centro de Amsterdã, para sair e chegar lá teríamos que pegar ônibus de conexão com a cidade e pra piorar a situação eles passavam em tempos determinados numa parada perto do hotel. Fizemos o check-in, deixamos as mochilas nos quartos e partimos, não havíamos conseguido ligar para o Luiz, teríamos que ir para o centro e esperar que eles estivesse por lá esperando por nós..

Pegamos o ônibus, éramos só nós e o motorista dentro dele, e após uns 5 minutos andando, mais uma coisa bizarra aconteceu..O motorista simplesmente parou o ônibus numa estação, tirou a malinha de dinheiro das passagens, tirou a chave da ignição, levantou, se despediu e...saiu!! Deixou o ônibus lá com nós 3 dentro dele, andou em direção ao carro dele e simplesmente foi embora. Nós não entendemos absolutamente nada e começamos a rir muito daquilo, veja abaixo:



Após 5 minutos, outro carro chegou, estacionou e outro motorista veio andando na direção do ônibus, ele chegou, deu boa noite, sentou e saiu dirigindo como se nada tivesse acontecido. Ele dirigiu por quase 40 minutos e finalmente, após toda essa jornada, chegamos no centro de Amsterdã e aí sim a cidade se parecia mais com uma capital. Fomos direto para a estação procurar o Luiz, e após rodar por lá, nada do menino. Já havíamos quase desistido, quando resolvemos ver porque não conseguíamos ligar para ele. Mudamos os códigos no telefone, trocamos numero, fizemos de tudo e uma hora, graças a Deus, ele atendeu! Falamos com ele e após 5 minutos nos encontramos. Estávamos acabados, cansados e com sono, mas pelo menos agora era só voltar para o hotel. Mas quem disse que voltar foi fácil??

Já havia acabado o turno do ônibus que saía da estação central para lá e teríamos que pegar outro ônibus em outro ponto da cidade, esse pelo menos ficava no centro e seria mais fácil achar.  Pegamos um mapa na estação e vimos que o lugar que queríamos ficava do outro lado do centro, decidimos ir andando, pois já havíamos perdido muito tempo e pelo menos assim veríamos um pouco mais da cidade,resolvemos descer pela Dan-Rak , a rua central da cidade,que além de ser longe do Red Light District (Aquele lugar que dá a fama à Amsterdan) era  bem movimentada, com vários restaurantes e que passava na praça onde está o castelo da família real holandesa.

Descemos quase tudo e nada de chegar o lugar que procurávamos, resolvi então pedir informação para alguém e um cara falou para pegarmos um taxi que era mais fácil, eu tentei falar com ele que preferíamos ir andando e ele só falou, “Entao vamos la, direita, esquerda, reto,direita, reto...confia em mim, eu sou daqui, você não vai entender”. Após o convincente argumento, passou um taxi logo em seguida e ele ainda chamou pra gente. Entramos no taxi e fomos em direção ao lugar onde ainda pegaríamos o ônibus. Chegamos, esperamos em torno de 15 minutos e conseguimos pegar o ônibus. Pelo que me lembro, foi o primeiro momento desde que chegamos em Amsterdã em que eu pude relaxar hehe, estávamos todos juntos e finalmente indo pro hotel. E lá fomos nós, mais 40 minutos no ônibus para chegamos no hotel.

Subimos para o quarto, e após tomar um banho capotei na cama, pois no dia seguinte teria que acordar cedo, para pegar o ônibus matinal e chegar cedo no centro para conhecer bem a cidade de Amsterdã.

Essa foi nossa primeira noite em Amsterdã, e eu fiquei cansado só de escrever aqui enquanto eu lembrava hehe, mas graças a Deus, o dia seguinte foi muito, mas muito melhor! Próximo post tem mais!

Grande Abraço!

Salut! et Au Revoir!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Bélgica - Bruges

29 de outubro…

Acordamos as 6 da manha pois nosso trem para Bruges saíria as 7:05. Acabamos abrindo mão do café da manha mas tínhamos levado muitas barrinhas de cereal então deu pra disfarçar um pouco a fome. A estação não era muito longe de nosso hostel e em menos de 15 minutos ja havíamos chegado. Compramos o bilhete do trem e depois foi só esperar. O trem como sempre não atrasou e naquele momento estávamos nos despedindo da cidade de Bruxelas. A viagem de trem foi super tranqüila, não pudemos olhar a paisagem belga, pois lá fora estava um clima meio chuvoso e escuro e  apesar de ser quase 8 da manhã o sol não tinha feito questão de dar as caras, aproveitamos para revisar o roteiro e definir o que faríamos pela cidade que estava por vir.



E foi nesse clima de madrugada que chegamos após pouco mais de 1 hora de viagem à pequena e encantadora cidade de Bruges..

Saímos da estação e apesar de estar um pouco mais claro, o tempo ainda estava bem feio, caminhamos na direção da cidade e após atravessar uma pista, em menos de 3 minutos de caminhada, já estávamos andando por pequenas vielas, com as características casinhas grudadas à nossa volta e avistando ao longe algo que parecia ser uma torre.

Seguimos esse ponto de referência, andando e se enfiando pelas várias ruelas que a cidade te proporciona, aquele era o lugar perfeito para se perder, entrando sem rumo em alguma rua, e a cada curva que virávamos, fazíamos um passeio diferente, parece que cada casa e prédio da cidade foram construídos com o intuito de fazer com que a cidade como um todo fosse um belo ponto turístico.
             
Andamos mais um pouco, a cidade parecia não ter acordado ainda, fazia mais de 15 minutos que estávamos andando e havíamos visto apenas 2 pessoas na rua, tudo estava parado criando um clima de suspense no ar, foi aí que nos deparamos com a “Markt de Bruges”, a praça central da cidade que apesar de não ser tão imponente como a de Bruxelas, possui uma beleza extraordinária, com belos prédios a sua volta e uma enorme torre de onde em dias claros pode-se ver o mar do norte com o auxílio de um binóculo.
             


Tiramos algumas fotos por ali e continuamos a andar, ficaríamos somente até o meio da tarde na cidade e queríamos conhecer o máximo possível do lugar. As pessoas haviam começado a sair de suas casas e já podia se ver movimento nas ruas, nada agitado, mas pelo menos dando sinal de que moravam pessoas naquela cidade. Bruges é conhecida como a Veneza do Norte e foi naquele momento que entendemos o porquê, nos deparamos com um canal que dividia em duas aquela parte da cidade. Andamos seguindo o curso daquele canal, vendo de um lado prédios pequenos e algumas casinhas, no meio uma pista para carros e charretes (bem comuns por lá) e do outro a outra margem do canal. Era uma coisa muito legal de se ver, no meio da cidade passando um canal que viria a se dividir novamente, com várias pontezinhas ligando uma parte a outra.

Paramos em um supermarché para comer alguma e após andar mais 15 minutos percebemos que havíamos chegado ao final da cidade. Em menos de 1 hora havíamos cruzado toda a cidade de bruges hehe. Pegamos um mapa feito para mochileiros e resolvemos então visitar os principais pontos da cidade. 




A sensação que tivemos é que alguém tinha colocado Bruges dentro de uma redoma e parado o tempo por lá hehe. Os limites externos da cidade já eram totalmente diferentes daquilo que tínhamos acabado de ver.Como vimos a cidade por dentro, nós decidimos contornar a cidade por uma trilha bem agradável e “entrar” novamente naquele labirinto de casas medievais quando estivéssemos chegando mais perto do lugar que queríamos ir, nesse meio tempo passamos por alguns cataventos dando um ar bem campestre às irremediações de la petit Bruges.



 
Chegamos na altura da rua da prefeitura e nos enfiamos de novo nas vielas da cidade. Andamos mais um pouco e apesar de ser manhã feita, a cidade continuava num clima preguiçoso. Pelo menos longe do centro...Andamos mais um pouco até encontrarmos uma bela praça onde do nada, haviam brotados centenas de turistas.Por lá ficava o prédio da prefeitura, antigo castelo da família real e uma pequena igreja, que apesar de não ser tão grandiosa como muitas outras na Europa, atraía muitos turistas por um fato muito curioso... Diz a lenda que na épocas das cruzadas, os bravos guerreiros medievais trouxeram diretamente de Jerusalém um pedaço de pano com marcas de sangue. Até aí tudo bem, naquela época o que mais tinha era pano com sangue, mas segundo eles, aquele era o sangue do próprio Senhor Jesus e que caso fossem feitas orações, olhando paro o raro tecido, curas milagrosas aconteceriam.

A cidade de Bruges era muito visitada também por conta dessa “relíquia” e no momento que estávamos por lá ela seria colocada a mostra para quem quisesse tocar no recipiente que guardava o pano ou simplesmente vê-la. Acompanhei o Bruno que quis ver de perto e entramos na igreja onde estava acontecendo a mostra do objeto. Havia uma fila para quem quisesse se aproximar e fazer algumas preces tocando no recipiente. Pedi a Deus discernimento e orei bastante, pois estava me sentindo incomodado com tudo aquilo, minha vontade era de falar pra todo mundo que aquele pedaço de pano não tinha poder nenhum, que Jesus já havia ressuscitado há muito tempo e que não se precisa de nenhuma relíquia especial para encontrar cura no nome dEle. Entrei na fila e acho que acabei irritando o padre que guardava o vidrinho, pois fiquei apenas observando como um turista curioso o famoso pano hehe.

Saímos de lá e quando nos demos conta, a praça principal que havíamos ido de manhã era logo atrás de onde estávamos, voltamos pra lá, mas que naquele momento já estava cheia de gente e decidimos subir a enorme torre que tinha que citei. Esperamos algum tempo na fila e após inúmeros degraus, tínhamos uma bela vista de toda cidade. O sol tinha resolvido aparecer e a visão de lá de cima foi realmente muito bonita.



Depois de descer da torre fomos a outra igreja (essa enorme por sinal) que continha a famosa escultura “A madona e o menino” de Michelangelo. Tiramos algumas fotos com a incrível obra de arte, pois quando você vê em livro você não tem noção de quão perfeito é, ainda mais quando você se dá conta do trabalho que deu pra fazer aquilo com as ferramentas de antigamente.

Após o momento história da arte resolvemos ir almoçar e esperar o horário de nosso ônibus em um parque famoso da cidade. Outra fato curioso é que no restaurante que comemos tinha um pôster bem grande de um filme chamado “In Bruges”. Um filme que foi rodado na cidade e que fiquei curioso de ver após saber dessa história. Ainda corremos para comprar alguns chocolates por lá que estavam bem em conta e por serem belgas valiam muito a pena hehe.

Caminhamos em direção ao parque e ainda passamos por vários dos canais da cidade, vendo barcos levarem vários turistas para aquele passeio a la Veneza, sem contar os belos cenários que eram formados com as árvores com folhas de outono e os pequenos córregos que passavam por toda a cidade. Chegamos no parque e pudemos descansar um pouquinho,curtindo o clima agradável da cidade, depois andamos por mais 10 minutos e já estávamos de volta à mesma estação que havíamos chegado de manhã. 



Para concluir, Bruges foi uma das cidades que mais gostei de conhecer até hoje, tem um ar bem medieval com um charme único e um clima muito romântico. Quando casar quem sabe levo minha esposa para passear por lá hehe. 

Pegamos o ônibus pontualmente as 15 horas, dando adeus à Bélgica e seguindo para o próximo local, a agitada cidade de Amsterdã...

Grande Abraço!

Salut! Et au Revoir!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Mochilão! (Bélgica - Bruxelas)

Falaa galera! 

Estou de volta do meu primeiro mochilão e foi tudo muuuito massa! Tirando que o orçamento pra viagem ultrapassou um pouco o estipulado (Chocolates belgas foram os culpados) deu tudo certo hehe!
Vou dividir a viagem em 3 ou 4 posts, dependendo do tamanho de cada um e assim vai dar pra contar detalhadamente minhas aventuras vividas em cada país.

E essa aventura começou no dia 28 de outubro...

Acordei cedo para arrumar a mochila e conferir se estava tudo em ordem. A empolgacao era muito grande, preparei a mala pensando cuidadosamente em cada dia e nao tinha como nao imaginar o que me esperaria nessa viagem. nosso voo estava marcado para o começo da tarde e nos programamos para chegar uma hora antes no aeroporto. O que nao lembramos foi que o tem que saia da estacao central de lyon só passava de meia em meia hora e quando nos demos contra disso faltavam apenas cinco minutos para o próximo trem. Imaginem 3 mlks com mochilas nas costas correndo no meio de uma estação...nosso mochilao havia oficialmente começado hehe. Pegamos o trem falando poucos segundos para sair e ai foi só esperar. Chegando no aeroporto fomos fazer o check-in e a empresa pelo qual voariamos estipula um limite para o tamanho da bagagem de mãos, a mulher encrencou achou que nossa mala estava muito grande para embarcar, tivermos que provar que ela entrava num compartimento que eles tinham la e com um pouco de aperto conseguimos fazer caber.



Estava tudo pronto, era só entrar no terminal e esperar o avião. Mas nao sei porque, esse ano as companhias aéreas tão fazendo de tudo pra não me levarem,além de naquele dia ter tido manifestação da greve, teve uma ameaça de atentado a frança de ninguém mais ninguem menos que o bin laden! o indigente foi reclamar de alguma coisa que a frança tinha feito e ameaçou revidar. Eu já não tenho muita cara de europeu e pra variar tinha deixado o cavanhaque no dia. Todos os seguranças e alguns senhores de idade me olhavam de cara feia, mas o detector de metais nao mente e foi só passar por ele que ninguém mais incomodou. Esperamos mais de três horas sentados no aeroporto e ainda ganhamos um vale para consumirmos alguma coisa.(se for calcular tudo que já ganhei de bónus esse ano só por atraso de avião eu ficaria rico hehe). No final das contas conseguimos embarcar e o voo para a Bélgica foi bem tranquilo.

Chegamos a Bruxelas perto das 8 horas da noite e foi só desembarcar do avião que o espírito de viajante começou, tudo era novo de novo e a busca pelo hostel começou. O aeroporto de Bruxelas era enorme e passamos por umas 5 esteiras rolantes antes de chegar na saída do terminal. Fomos até a estação de trem que tinha no próprio terminal e compramos uma passagem para o centro. Pegamos o trem e paramos na estação central, eu estava confiante que acharíamos o hostel pelo GPS do celular, mas foi ai que o primeiro imprevisto aconteceu, o Google maps só funcionava com acesso a internet e eu não podia acessar os dados da rede 3G pois estava fora do pais, iria gastar uma fortuna com roaming. Apesar da tecnologia que eu tinha, estava impossibilitado de usá-la e tivemos que voltar ao meio tradicional... Mapas! 

Voltamos para a estação e conseguimos um mapa da cidade, depois foi só pedir ajuda pra uma atendente lá que ela nos informou direitinho o que devíamos fazer. Compramos um ticket de metro e fomos até a estação próxima da rua do nosso hostel. Era muito pertinho e andando menos de 5 minutos já pudemos ver a placa de onde ficaríamos, e a primeira impressão foi muito boa. O clima do hostel era muito agradável,no hall principal tinha uma mesa de ping pong, computadores com acesso a internet, alguns bancos e até uma cantinazinha, tinha muita gente la jogando tempo fora, pois o lugar realmente era bem gostoso de ficar. Fiz o check-in e fomos para o quarto. Bem limpo, com 3 beliches e um banheio com pia e chuveiro dentro.Deixamos as mochilas nos guarda-volumes e saímos para começar a conhecer a cidade.

Pegamos um mapa para mochileiros na entrada do hostel e decidimos ir até o centro da cidade. A impressão que se passa primeiramente é que existem muitos prédios altos, mas a medida que se afasta percebe-se que eles estão concentrados em uma pequena parte da cidade. A medida que nos aproximávamos do centro, ficava mais nítido o velho estilo europeu de ser, de vielas, ruas com casas juntas uma nas outras e pequenas praças entre quarteirões. Gostei muito da cidade de Bruxelas, o clima da cidade é muito agradável e o modo que os prédios antigos e novos são distribuídos é bem interessante, fazendo com que a capital da Bélgica tenha cara de cidade grande sem perder o charme de vila antiga.



Andamos um pouco e demos de cara com uma enorme igreja, tiramos as fotos e continuamos andando até chegar à famosa “Grote Markt” ou “Grand Place” (Foto acima). Ponto central de Bruxelas foi considerada por Victor Hugo a praça mais bonita do mundo. Cercada por prédios renascentistas muito bem construídos e ornamentados, é de cair o queixo quando você vai pro centro da praça e gira o rosto para ver tudo a sua volta, ainda tenho muitas praças para ver, mas por enquanto concordo plenamente com o Victor. Ficamos um tempo admirando a praça iluminada a noite e fomos procurar alguma coisa pra comer. Lanchamos num fast-food e voltamos andando para o albergue por outro caminho para ver mais da cidade. O bom é que não é uma cidade muito grande,  fica bem perto uma coisa da outra e para nós que passaríamos maior parte do tempo andando foi uma coisa muito boa.

Chegamos no hostel e resolvemos jogar um pouco de ping-pong, enquanto o bruno foi pra internet, nisso, enquanto a gente conversa em português, uma menina vira e fala! Eitaa brasileiros! Hehe. Ela era de São Paulo e estava há 20 dias viajando pela Europa, mas o que mais impressionou foi que ela fez tudo sozinha e disse que não sabia nada de inglês! Nos despedimos dela e subimos para tomar banho e dormir, ao chegar no quarto os outros 2 hospedes já estavam deitados. Pro nosso azar, um deles, roncava demais hehe.

Acordamos bem cedo pois iríamos dormir em outro albergue na noite do dia 29, apesar de termos gostado bastante de onde estávamos, todos os quartos ja estavam reservados praquele dia. O café da manha era bem gostoso, com pão queijo, sucos e geléias e comemos bastante pois aprendemos que em esquema de viagem assim, quando menos se gastar com comida melhor. O outro albergue era bem perto também, uns 15 minutos andando, e após deixar as mochilas nos lockers, pegamos tudo que era necessário e saímos para “turistar” por Brussels.
 
Começamos pelo parque botânico que tinha bem perto do nosso hostel e fomos descendo na direção do rio, uma coisa curiosa da cidade é que todas as placas possuíam as instruções em francês e holandês, as 2 linguas que os belgas falam, sem contar o inglês que eles dominam perfeitamente também. Chegando no rio, andamos no sentido da estação do metro, pois queríamos visitar o parque cinqüentenário. Pegamos o metro e descemos numa estação próxima, e pra nossa surpresa demos de cara com um enorme prédio, cheio de mastros com bandeiras da Uniao Europeia. Estavamos de frente para o comitê europeu. Pra quem não sabe, (eu também só descobri lá) Bruxelas é a capital da união européia, então além da bandeira da Bélgica, muitas bandeiras azuis com estrelinhas flamulam por lá.



Tivemos que dar a volta no prédio para chegar ao parque pois tava tendo algum evento importante la no dia e varias ruas estavam bloqueadas. Mas acabou que a andança toda valeu a pena, o parque era bem bonito e possuía um arco que lembra bastante o arco do triunfo de Paris na entrada. Tiramos algumas fotos e quando estávamos saindo para pegar o próximo metro, vimos uma placa que dizia, “Museu de aviação da Belgica”. Voce não acha que eu perderia isso neh?

Eu parecia criança em parque de diversão, queria tirar foto com tudo! Quando fomos para Bruxelas nunca imaginei que encontraria isso por lá, mais uma vez Deus me surpreendendo, o fato de ter sido sem querer foi ainda melhor, o museu ficava num enorme hangar e possuía diversos exemplares de vários aviões belgas, inclusive alguns usados na segunda guerra mundial.Ainda deu pra entrar na cabine de um caça e ficar brincando la dentro hehe! Pra mim aquele ali foi o ponto alto da Bélgica e olha que ainda não tínhamos visto quase nada.



Após passarmos um booom tempo por lá hehe pegamos outro metrô e fomos em direção ao Atomiun. Um monumento construído em 1958 para a feira mundial de Bruxelas. Um enorme monumento que representa o átomo de ferro e cada esfera é ligada por escadas rolantes, foi bem legal conhecer!

Saindo de lá e fomos caçar o “Palais Royal” de Bruxelas, um prédio gigante construído para família real Belga, apesar deles não morarem por lá. Pra quem não sabe (Isso eu também aprendi por la hehe) A Bélgica é uma monarquia constitucional mas tem um parlamento também, algo bem parecido com o que acontece na Inglaterra.

Tiramos varias fotos em frente ao belo palácio e fomos procurar o ultimo ponto turístico famoso de Bruxelas, o famoso “Manneken Pis Fountain” , a curiosa fonte com uma estátua de um menino fazendo xixi. Andamos um pouco e fui tirando fotos de várias coisas que achava legal por lá, e notei que varias paredes possuíam desenhos do ri tin tin, depois fui saber que o escritor desse famoso detetive era natural de bruxelas. 

Chegando ao mijão já tinha uma galera por lá querendo tirar foto, e naquele momento o famoso menino estava vestido com roupas da Bélgica e usando cadeiras de rodas em cima de um pódio,  representando a vitoria do país numa competição para-olímpica que havia tido. Descobrimos depois que eles vestem a estatua diversas vezes ao ano dependendo da ocasião. A estátua ficava numa pequena confluência de 4 ruas e era bem pequena,toda feita de bronze, curiosamente é a marca da cidade e um dos pontos mais visitados pelos turistas, hoje já posso dizer que estive lá hehe.



Tínhamos terminado de visitar os pontos principais da cidade e fomos almoçar novamente em um fast-food. Depois como ainda estava cedo resolvemos curtir um pouco mais a grandiosa Grand Place. Tiramos mais fotos durante o dia da enorme praça e dessa vez deu pra ver ainda melhor as varias esculturas e ornamentos gravados nos prédios. Nesse meio tempo também aproveitamos para  experimentar vários chocolates belgas, e confesso a vocês que eles são bem mais gostosos que os suíços. Depois de encher a barriga com alguns bombons e um waffle de nutella voltamos para o hostel, pois no dia seguinte sairíamos bem cedo para nosso próximo destino. A charmosa cidade de Brugues...

Um grande Abraço!

Salut! Et au Revoir!