quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Holanda - Amsterdã (Segundo Dia)

Acordamos umas 8 horas da manhã só porque queríamos aproveitar bem a cidade, porque se dependesse do cansaço a gente ia acordar pra lá de meio dia hehe. Arrumamos as coisas e descemos para o café. Ele era pago e nem era tão bom, mas eu criei um caso por lá e acabamos ganhando de graça, pois no site do hotel falava que tinha banheiro dentro dos quartos e quando chegamos por lá não era nada do que mostrava no site, falei que havíamos sido enganados e tudo mais e no final das contas a mulher acabou cedendo.
                Terminado o lanche fomos direto para a parada esperar o ônibus que nos levaria de novo para o centro, dessa vez pra ficar por lá. Mais 40 minutos de viagem e chegamos na estação central por volta das 9 e meia. O dia estava bem mais bonito, o sol tava aberto e tinha bastante gente na rua, mas um fato bem curioso de Amsterdã que impressiona todos os turistas, é a quantidade de bicicletas que se vê, tem muita, mas muita, mas muuita bicicleta! O terreno todo da Holanda é muito plano, eles ganharam espaço roubando terra do mar e isso facilita muito o uso desse meio de transporte. Tem tanta bicicleta por lá que existe estacionamento de 2 andares só para bicicletas hehe.



Por lá pedimos informação de como chegar no endereço do outro hostel e decidimos ir direto pra lá deixar as coisas e depois voltar para andar pela cidade. Compramos o bilhete de transporte da cidade e pegamos um tram (Um tipo de bonde que passa pelo meio da cidade) para o local indicado. Pelo mapa parecia ser bem mais perto, mas demorou muito mais do que a gente imaginou hehe. Meia hora depois, chegamos no hostel e deixamos as coisas por lá, esperamos o mesmo tram para voltar e lá se foram mais meia hora, ao chegar no primeiro local a ser visitado, demos de cara com uma fila enorme e lá se foram mais meia hora hehe.
                Resumindo, perdemos a manhã quase toda, e já estávamos começando a achar que não conseguiríamos conhecer bem a cidade, mas perto de meio dia, entramos no nosso primeiro ponto turístico, e os momentos que passamos lá compensaram cada minuto, havíamos chegado na casa de Anne Frank...
                Anne Frank e sua família eram judeus e moravam em Amsterdã na época da segunda guerra mundial, após a dominação alemã na cidade, os judeus começaram a ser perseguidos e com o passar do tempo, passaram a ser enviados para os campos de concentração nazista. A história de Anne se difere pois durante dois anos de ocupação, ela, sua família e outra família judia ficaram escondidos em uma casa de um amigo holandês do pai de Anne. Havia um esconderijo dentro da casa todo adaptado para que eles pudessem “sobreviver” lá dentro. E durante todo o tempo em que ela ficou “imersa”, Anne escreveu um diário para contar o dia a dia de sua vida como refugiada.
                Certo dia a polícia secreta alemã recebeu uma denúncia anônima e todos eles foram encontrados e mandados para o campo de concentração. Alguns anos depois, todos eles morreram, exceto o pai de Anne. Ao voltar para Amsterdã ele encontrou o diário de sua filha e após algum tempo resolveu publicá-lo para salvar a memória dela. O livro virou um Best-seller e hoje, “O diário de Anne Frank” já foi traduzido para diversas línguas no mundo todo.
                Quando a gente houve ou lê história desse tipo de coisa geralmente não conseguimos sentir o impacto que isso causa. Eu sabia da história, mas confesso que ao entrar na casa e ver a fundo os detalhes de tudo que aconteceu, fiquei arrepiado e emocionado...A casa hoje virou um museu que te permite passear pelos seus cômodos, com guias iterativos que contam a história do dia a dia da família Frank durante a ocupação. Era uma sensação de tristeza ao entrar no esconderijo apertado e imaginar como eles passaram 2 anos vivendo num lugar daqueles. A medida que íamos andando pela casa a história era sendo contada em ordem cronológica, relatando também o período em que os membros da família morreram no campo nazista. Terminava por fim contando a história do pai no período pós guerra , a história da publicação do livro e o surgimento da instituição Anne Frank. Foi um passeio totalmente diferente, indispensável para quem vai a Amsterdã e que deixa qualquer pessoa emocionada.
Em seguida fomos caçar o museu de Van Gogh, e no meio do caminho acabamos achando uma placa enorme para as pessoas poderem tirar foto que dizia “I AMsterdã”, estilo aquela que tem por aqui em Lyon.Tava cheio de gente em volta querendo tirar a sua própria foto, mas a gente acabou conseguindo achar um espacinho hehe.



Depois fomos direto para o museu que era bem pertinho e chegando la, tome mais fila hehe. Bom que deu tempo pra gente comprar nosso “almoço” numa barraquinha de cachorro quente que tinha por perto.
Entramos no museu do Van Gogh, famoso pinto holandês que cortou a própria orelha num surto de loucura (descobri isso por lá hehe) e confesso que não achei muito interessante, acho que ainda tava surpreso com o museu anterior hehe, mas rodamos os três andares do prédio e tirando um quadro ou outro que a gente sabia que era famoso, (pois tinha visto na escola em artes) não tinha muita coisa impressionante (Impressionista tinha bastante hehehe). Valeu a visita para conhecer, ele foi uma pessoa importante na história da arte mas descobri que não sou muito fã de ficar olhando pra quadro não.
Acabando o passeio, resolvemos andar sem rumo pelo centro e nos deixar perder pelos inúmeros canais da cidade. Foi nesse momento que conhecemos a verdadeira beleza da cidade. Amsterdã se parece muito com uma teia de aranha, várias circunferências formadas por cruzamentos de ruas e canais que vão convergindo até chegarem numa grande praça central, são mais de 1200 pontezinhas ligando uma rua a outra, então já vale o passeio ficar passeando por esse labirinto de pontes e observar os barcos passando lá embaixo nos inúmeros canais.



A cidade é realmente muito liberal, passamos em frente a diversos coffes shops, lugares onde a maconha é vendida de graça, e só pode ser consumida dentro desses estabelecimentos. A questão por lá é que tudo é permitido nos devidos lugares, então pra quem quer somente passear e não ser incomodado por esse tipo de coisa pode ficar tranqüilo, a cidade te permite isso.
Mas o mais importante, é que Amsterdã é muito viva e animada, muita gente na rua, incluindo turistas e nativos e é super segura, a polícia está presente em todos os lugares e sendo assim ninguém te incomoda por lá. Foi bem legal passear pelo centro de Amsterdã, e abaixo um vídeo mostando um pouco mais de como é por lá...



Em seguida continuamos andando pelas pontes e tirando várias fotos. Já tinha escurecido e resolvemos voltar para o centro para comer alguma coisa. Demos sorte, pois havia um parque de diversões montado naquela semana e várias barraquinhas de comida em volta. Fomos lanchar em uma barraquinha de comida alemã e ficamos por lá curtindo as luzes e a movimentação do parque. Terminamos de comer e fomos andar um pouco mais pelos canais da cidade, a noite é um passeio totalmente novo e igualmente bonito. Andamos um pouco mais e eu estava sempre atento para não entrar em uma rua e ter alguma “surpresa” hehe. Foi aí que mais a frente eu vi a indicação das placas e terminei meu passeio por ali hehe, logo adiante ficava o Red Light District, local que abriga as ruas de Amsterdã das quais todo mundo conhece a fama.
Voltei então pelo mesmo caminho e satisfeito pois havia conhecido tudo que queria e passeado bastante pela cidade. Peguei o metrô, mais meia hora...e cheguei enfim no hostel. Dessa vez o banheiro realmente era no quarto e deu pra descansar bem mais nessa noite.

Concluindo, apesar da fama que tem, Amsterdã é muito linda, e não é preciso olhar nenhuma “janela” para se divertir por lá. Há várias Amsterdãs dentro de Amsterdã e qualquer pessoa pode aproveitar bastante a cidade.
Um grande Abraço!
Salut! Et au Revoir!

4 comentários:

  1. Yuri,
    tenho curtido bastante as suas aventuras pelo blog. Que Deus continue te proporcinando momentos maravilhosos aí. :)
    Quem sabe eu e a Gabi não vamos te visitar? :P

    Bisous,
    Rebequinha

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  2. Legal Yuri
    Muito bom ler seu blog. Só uma dúvida, vc tá estudando???
    Abraço

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  3. Boa Adinor!!!!! Filhão, realmente continuamos viajando contigo. Já estamos conhecendo a Europa pelo seu blog. Que voce conheça mais países e quando estivermos contigo, voce irá nos mostrar o que vale a pena!!Que o Senhor te guarde e te proteja por onde andares,juntamente com teus amigos!!!! Uns abreijos (mistura de abraços com beijos)

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